Você por certo já esbarrou com o termo fundamentalismo (ou integrismo) islâmico e já viu algum jornal ou emissora de TV rotulá-lo como “radicalismo”. Tentando enxergar as coisas com olhos, digamos menos ocidentais, vamos definir o fundamentalismo como a indentificação entre religião e política. Ou seja, a fusão de fé religiosa e programa político em uma só ação. Muito bem, está correto, você aí que lembrou da expansão árabe com Maomé como um exemplo que cabe nessa definição.No oriente Médio,todas as religiões tem seus movimentos políticos fundamentalistas: os vários partidos ortodoxos judaicos,os cristãos moronitas,etc.
No caso do Islamismo, é importante lembrar que as correntes fundamentalistas serviram como guardiãs da cultura e das tradições, muitas vezes operando na clandestinidade contra regimes modernizantes. E usando métodos típicos da clandestinidade, como o terrorismo.É o que ocorreu com a Fraternidade Muçulmana egípcia, criada nos anos 20, que se opunha à ocidentalização do país e a sua integração à econômica internacional.Violentamente reprimida (Aliás,até hoje), a Fraternidade apelou com freqüência para os assassinato de dirigentes governamentais.
A base social típica do fundamentalismo no Oriente Médio são os pequenos comerciantes das casbahs (os bairros antigos), marginalizados nas sociedades modernas e que por isso mesmo aferram-se mais à tradição.Essa base ampliou-se rumo a outras classes sociais em diversos países, especialmente a partir dos anos 70, quando os planos liberais de ajuste econômicos passaram a atirar milhares de pessoas a desemprego. No Irã, na Argélia ou na Tunísia,o fundamentalismo passou a atrair essas multidões de deserdados da economia (e da cultura) moderna.Como diz a dirigente socialista argelina Chawki Salhi,o fundamentalismo tronou-se a “a ideologia do desespero”.
Carlos Henrique
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ainda bem que nao temos esse tipo de pensamento, a politica e a religiao tem q ser distintos um do outro : )
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