A mídia tem divulgado nos últimos dias que a Rússia e a China aceitaram participar de possíveis rodadas, onde sanções contra o Irã poderão ser definidas, para forçá-lo a reduzir o enriquecimento de urânio.
Vale a pena lembrar que, rodadas de negociações ou mesmo discussões desse tipo podem durar semanas, meses e ainda terminar em um impasse.
É importante mencionar também que China e Rússia mantêm relações comerciais com o Irã e nenhum deles tem interesse em quebrar essa relação de confiança.
A China é o maior importador de petróleo da República Islâmica do Irã e, embora possua suas próprias reservas, o custo de exploração seria maior que o benefício e, a produção representaria menos de 7% do total necessário. Esse combustível é de uma importância crítica para a segurança chinesa. Dessa forma, em uma decisão racional, a China prefere ser o maior cliente do Irã, quando a mercadoria é o petróleo.
Não quero parecer pessimista, mas a Rússia e China concordaram apenas em participar da discussão proposta pelo Conselho de Segurança da ONU. Se ratificarão ou não as decisões de sancionar o Irã é uma outra história. Dependerá principalmente dos tipos de sanções.
Mas, penso que vale a pena observarmos de perto o cenário que está proposto e esperarmos os resultados.
escrito por
KÁTIA SOUTO COMENTÁRIOS
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