05/05/2010

Irã descarta troca de combustível nuclear no Brasil

Teerã, 5 mai (EFE).- O Irã descartou nesta quarta-feira a possibilidade de que uma eventual troca de combustível nuclear possa ser realizada no Brasil, mas ressaltou que a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva inclui detalhes interessantes que serão revelados em breve.

  Em declarações à imprensa, o diretor do Escritório da Presidência iraniana, Esfandiar Rahim Mashai, confirmou, além disso, que seu país aceitou a mediação tanto do Brasil como da Turquia.

  "A Turquia e o Brasil tinham se oferecido para debater a questão da troca de combustível nuclear e a República Islâmica aceitou esta mediação", disse Rahim Mashai.

  No entanto, Mashai negou que a oferta do Brasil inclua a possibilidade de que a troca possa ser feita em território brasileiro.

  "Não é assim; a proposta tem detalhes que serão anunciados um pouco mais adiante", disse Mashai, citado pela agência de notícias local "Isna".

  Horas antes a imprensa iraniana já tinha anunciado que o presidente da República Islâmica, Mahmoud Ahmadinejad, tinha comunicado por telefone a seu colega venezuelano, Hugo Chávez, que o Irã estava disposto a aceitar "em princípio" a oferta brasileira.

  A fonte não esclareceu, no entanto, os detalhes da suposta proposta do Brasil, embora fontes brasileiras apontem que uma forma de reduzir a desconfiança mútua seria realizar a troca nuclear em um terceiro país, como a Turquia.


REPORTAGEM COMPLETA
EPA
                                                        ESCREVA O SEU COMENTÁRIO


30/04/2010

O Irã nunca aceitará troca de combustível nuclear, diz conselheiro de Ali Khamenei

TEERÃ - Um conselheiro do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, declarou nesta sexta-feira que o país nunca aceitará trocar seu urânio pouco enriquecido por combustível nuclear elaborado no exterior, deixando claro que Teerã mantém sua recusa a um acordo nestes moldes proposto por potências mundiais. Segundo Ali Akbar Vealyati, conselheiro para assuntos internacionais do líder supremo, a proposta demonstra que o Ocidente tem "intenções satânicas".

- Devemos ser muito ingênuos para confiar no Ocidente. Por que eles insistem em trocar combustível nuclear no exterior? Isso demonstra que têm intenções satânicas - disse à agência de notícias estatal Irna o conselheiro de Khamenei. - O Irã jamais confiará no Ocidente para enviar seu urânio pouco enriquecido ao exterior.

Alguns países, como a Turquia, já se ofereceram para mediar a troca com o Ocidente para diminuir a crescente pressão sobre o Irã em torno de suas polêmicas atividades nucleares. Indagado se a troca poderia ocorrer na Turquia - membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que faz fronteira com o Irã e é também membro temporário do Conselho de Segurança da ONU - Velayati respondeu:

- O Ocidente pode quebrar suas promessas facilmente (...) e a Turquia não poderá forçá-los a cumprir suas promessas (de entregar combustível nuclear ao Irã).


reportagem completa
O GLOBO
                                              ESCREVA O SEU COMENTÁRIO

29/04/2010

Lula descarta urânio do Irã no Brasil

  Ao contrário da declaração feita na terça-feira pelo chanceler Celso Amorim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o governo brasileiro não trabalha com a possibilidade de ser o depositário do urânio do Irã. A afirmação foi feita em Brasília, um dia após o chanceler se reunir em Teerã com presidente Mahmoud Ahmadinejad. Durante visita à capital iraniana, Amorim disse que o governo brasileiro estaria disposto a examinar eventual proposta para a troca de combustível nuclear iraniano em seu território.


  - O Brasil não trabalha com a hipótese de ser depositário do urânio do Irã. Trabalhamos com outras hipóteses e, nelas, há outros lugares muito mais próximos do Irã do que o Brasil. Acredito na relação humana, acredito na relação política e acredito que somente a paz pode trazer possibilidade de o mundo se desenvolver - disse Lula.

  Apesar de Amorim ter admitido a disposição do governo de examinar uma eventual proposta, ele afirmou que a ideia não fora discutida com autoridades daquele país. Lula manteve o discurso de não sanção ao Irã e disse que o Brasil pode negociar uma solução pacífica.


reportagem completa
O GLOBO
                                                         ESCREVA O SEU COMENTÁRIO


26/04/2010

Marina critica aproximação entre Brasil e Irã

  A pré-candidata do Partido Verde à Presidência, senadora Marina Silva, criticou ontem a política do governo Lula de aproximação com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. "O Brasil é a única democracia ocidental que tem dado audiência para o Ahmadinejad. A própria China não tem dado, nem a Rússia", disse Marina, que está em Washington para participar de um evento de comemoração dos 40 anos do Dia da Terra.

  Um dos poucos países do mundo que se opõem à adoção de sanções na Organização das Nações Unidas (ONU) contra o programa nuclear iraniano, o Brasil tem uma atitude preocupante, na avaliação de Marina. "O Irã tem desrespeitado direitos humanos, ali tem presos políticos, pessoas são executadas."

  Marina foi igualmente crítica com a atitude do governo Lula em relação ao desrespeito aos direitos humanos em Cuba. "Se de fato somos amigos, temos de fazer ver que a revolução se completa com a democracia", afirmou. "Se os direitos humanos são importantes para os brasileiros, também são importantes para os cubanos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

reportagem do
ESTADÃO
                                                  COMENTÁRIOS




18/04/2010

O Brasil e a nuclearização do Irã

  A Constituição brasileira, no seu artigo 4.º, ao tratar dos princípios que regem as relações internacionais do Brasil, consagra a concomitância do realismo e do idealismo. Com efeito, o inciso I afirma o realismo do valor da independência nacional e os incisos VI e VII, os valores da defesa da paz e da solução pacífica dos conflitos, cabendo acrescentar que o art. 20 (XXIII) determina que toda atividade nuclear brasileira terá, exclusivamente, fins pacíficos, excluindo, assim, as armas nucleares do escopo da conduta estratégico-diplomática do Brasil.

  O Brasil redemocratizado da Nova República seguiu com sucesso a vis directiva da Constituição de 1988. Terminou com o desnecessário potencial desagregador de uma corrida armamentista nuclear com a Argentina e institucionalizou a confiança mútua de controles recíprocos (Abacc). Celebrou, com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os mecanismos de verificação comprovadores dos fins pacíficos dos projetos brasileiros na área nuclear. Contribuiu para pôr em vigor o Tratado de Tlatelolco, que proscreve as armas nucleares na América Latina. Aderiu ao Tratado de Não-Proliferação (TNP). Nenhuma dessas ações, em defesa da paz, pôs em risco a independência nacional. Esta o Brasil vem aprofundando com o investimento no soft power da credibilidade, proveniente da estabilidade econômica, da responsabilidade fiscal, das redes de proteção social, do empenho democrático, da afirmação dos direitos humanos, dos mecanismos de cooperação com os nossos muitos vizinhos e de uma consistente ação multilateral econômica na política. Isso tudo vem conferindo adensada proeminência ao nosso país no cenário internacional. Nesse contexto pergunta-se: O empenho diplomático brasileiro de abrir espaço para o Irã, cujo processo de nuclearização suscita generalizadas inquietações, faz sentido?

  No momento atual o Irã está levando a uma difusa e significativa tensão internacional. Há uma percepção generalizada - e a percepção da realidade é um componente da realidade - de que o seu programa nuclear tem ameaçadores componentes militares e que pode, assim, induzir à nuclearização militar de outros países da vizinhança; desestabilizar o precário equilíbrio geopolítico do Oriente Médio; encorajar o terrorismo internacional; subverter os regimes políticos de países vizinhos; desencadear uma nova e complexa dinâmica entre xiitas e sunitas; e tornar mais difícil a paz entre palestinos e israelenses.
  Daí a óbvia pergunta: seja do ponto de vista realista, seja do ponto de vista idealista, qual é a vantagem do Brasil em alinhar-se ao Irã e legitimar as ambiguidades da sua conduta? No meu entender, nenhuma, pois essa postura está descapitalizando a credibilidade brasileira na precária busca de um ilusório prestígio, fruto de um inconsequente protagonismo internacional.


reportagem completa
ESTADÃO
                                              COMENTÁRIOS

17/04/2010

Ahmadinejad propõe desarmamento nuclear

  O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad propôs neste sábado a criação de um "organismo internacional independente" para "supervisionar o desarmamento nuclear e impedir a proliferação", ao inaugurar uma conferência no Irã sobre este tema.
  O presidente iraniano também propôs que "os Estados que possuem a arma nuclear, os que a tenham utilizado e os que ameaçam utilizá-la" sejam "suspensos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em particular os EUA".
  O Ocidente suspeita que o Irã tente possuir a arma atômica, o que faz com que a República Islâmica corra o risco de sofrer novas sanções.

  "Um organismo internacional independente, com plenos poderes concedidos pela Assembleia Geral da ONU, deveria ser criado para planejar e supervisionar o desarmamento nuclear e impedir a proliferação", disse Ahmadinejad.

  Segundo o presidente iraniano, uma revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) deve ser "efetuada pelos países independentes que não possuem armas nucleares. A presença de países que possuem a arma nuclear, em especial EUA, impede a elaboração de um tratado justo", afirmou.

reportagem completa
ÚLTIMO SEGUNDO
                                                       COMENTÁRIOS

16/04/2010

Ahmadinejad escreve carta para Obama

  O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, escreveu uma carta para o presidente dos EUA, Barack Obama, dizendo que a cooperação com o Irã é a única opção de seu colega americano para permanecer no poder, segundo reportagem da CNN. Ahmadinejad disse ainda que não é o Irã quem está ficando isolado do mundo, mas sim os EUA.

- Obama só tem um caminho para permanecer no poder e ser bem-sucedido. Esse caminho é o Irã - disse Ahmadinejad em um discurso na quinta-feira, segundo a agência de notícias iraniana Irna, acrescentando que o presidente americano "deve começar a cooperar com o Irã na prática. - Eu escrevi uma carta para Obama que será publicada em breve.

  Os EUA lutam para conquistar apoio para impor novas sanções ao Irã, às quais o Brasil se opõe. O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse na quinta-feira que o país não tem medo de ficar isolado em relação à posição de negociação com o Irã. O presidente iraniano disse que é o seu país que ajudará os EUA a sair do isolamento.

reportagem completa
O GLOBO
                                                    COMENTÁRIOS


13/04/2010

Irã disposto a trocar urânio por combustível enriquecido

Teerã, 13 abr (EFE).- O diretor da Organização da Energia Atômica do Irã (OEAI), Ali Akbar Salehi, afirmou hoje que seu país está disposto a trocar uma tonelada de urânio enriquecido em 5,3% por 100 quilos de combustível nuclear com uma riqueza de 20%.

  Segundo a agência de notícias "Isna", Salehi fez a declaração à margem do ato da inauguração de uma exposição nesta manhã em Teerã sobre o meio ambiente.

  "Atualmente está em vigor a proposta de troca de urânio com o combustível nuclear e houve conversas com relação a esse assunto", disse Salehi.

  O alto responsável nuclear iraniano acrescentou que esta troca deve ser feita com garantias e em um ambiente de confiança.

  "Não confiamos no Ocidente já que temos 50 toneladas de urânio há 31 anos na França e os Estados Unidos tinham nos prometido devolver como combustível nuclear, mas não recebemos nem o urânio, tampouco o dinheiro", disse.

  Salehi acrescentou que isto provocou desconfiança no Irã pelo que os iranianos pedem agora garantias sobre a troca de urânio.

fonte
ÚLTIMO SEGUNDO
                                              COMENTÁRIOS

12/04/2010

China reprova a proposta se sanções ao Irã

WASHINGTON (Reuters) - A China deixou claro aos Estados Unidos e a outras quatro potências que discorda da proposta de proibir novos investimentos no setor energético iraniano, como parte de uma eventual nova rodada de sanções da ONU contra o país, disseram diplomatas no domingo.

  Após meses de indecisão, a China relutantemente aceitou na semana passada participar da redação de um novo pacote de sanções, junto com os outros quatro integrantes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, França, Grã-Bretanha e Rússia), mais a Alemanha.

  Os EUA e seus aliados suspeitam que o Irã esteja tentando desenvolver armas nucleares, e por isso querem um quarto pacote de sanções para coibir as atividades iranianas de enriquecimento de urânio. O Irã insiste que sua intenção é apenas desenvolver atividades médicas e gerar eletricidade com fins pacíficos.

  Sob condição de anonimato, vários diplomatas disseram à Reuters que o embaixador da China, Li Baodong, indicou sua insatisfação com propostas que venham afetar o setor energético do Irã, durante três horas de reunião com os representantes das demais potências na quinta-feira.

  "Em geral, o embaixador chinês não quis discutir detalhes específicos do texto", disse um diplomata, referindo-se ao texto-base sugerido pelos EUA. "Notou-se que os chineses não concordam com as propostas energéticas", acrescentou outro diplomata.


reportagem completa
G1
                                                      COMENTÁRIOS

Obama e o presidente chinês na cúpula nuclear

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Barack Obama, vai tentar chegar a um entendimento com a China em seu esforço para que sejam adotadas sanções contra o Irã durante encontro de líderes mundiais em Washington, na segunda-feira, para uma cúpula nuclear sem precedentes sobre segurança nuclear.
 
  Obama vai se reunir com o presidente chinês, Hu Jintao, antes de receber as delegações de alto nível de quase 50 países para a abertura da conferência global, na qual o tema será como prevenir o terrorismo . O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participa do encontro.

  Na reunião reservada que terá com Hu, Obama espera consolidar o compromisso da China em ajudar a intensificar a pressão sobre o Irã com relação a seu programa nuclear, depois de Pequim ter concordado em participar de conversações sobre possíveis novas sanções da ONU contra Teerã.

  Os dois líderes também vão tentar promover algum progresso nas relações sino-americanas, depois de tensões terem surgido sobre uma série de questões nos últimos meses. Os mercados financeiros vão estar buscando novos sinais de que a China poderá ceder em relação à valorização de sua moeda.

  A cúpula em Washington marca o ápice de uma semana frenética de diplomacia nuclear de Obama e acontece um ano depois de ele ter apresentado ao mundo uma visão de um mundo livre de armas atômicas.

reportagem completa
GLOBO
                                            COMENTÁRIOS

11/04/2010

Obama e a cúpula sobre segurança nuclear

Washington, 11 abr (EFE).- O presidente dos EUA, Barack Obama, iniciou a primeira de suas reuniões bilaterais de hoje, com o primeiro-ministro de Índia, Manmohan Singh, e terá em seguida encontros com seus colegas do Cazaquistão, África do Sul e Paquistão, informou a Casa Branca.

  Os quatro líderes se encontram em Washington para participar amanhã e terça-feira da cúpula sobre segurança nuclear, que reunirá na capital americana representantes de 47 países do mundo.

  A ameaça de terrorismo nuclear será o foco da Cúpula, a maior reunião de líderes mundiais auspiciada por um presidente americano desde a Conferência de São Francisco de 1945, fundadora das Nações Unidas.

  Obama identificou o terrorismo nuclear como "a ameaça mais imediata e extrema à segurança global" e quer que todos os materiais nucleares ao redor do mundo sejam devidamente assegurados no prazo de quatro anos.

  O fato de que um crescente número de países desenvolvidos tenham decidido recorrer à energia nuclear para conseguir cumprir com seus objetivos de energia limpa significa que há mais material nuclear disponível e que parte dele poderia ser mais facilmente roubado por terroristas.

  O Irã não participará da Cúpula sobre segurança nuclear, mas mesmo assim se prevê que grande parte das negociações fora da agenda oficial seja referente à questão nuclear iraniana.


veja a reportagem completa
G1




Irã se queixará à ONU de "ameaça nuclear" de Obama

TEERÃ (Reuters) - O Irã apresentará uma queixa à ONU sobre o que vê como uma ameaça do presidente dos EUA, Barack Obama, de atacar o país com armas nucleares, informou o ministério das Relações Exteriores iraniano neste domingo.

  Obama deixou claro na semana passada que o Irã e a Coreia do Norte estão excluídos dos novos limites no uso de armas atômicas, algo que Teerã interpreta como uma ameaça de um adversário de longa data.

  "A recente declaração do presidente dos EUA... implicitamente intimida a nação iraniana com o uso de armas nucleares", disse o líder supremo iraniano, o Aiatolá Ali Khamenei, em um encontro televisionado com autoridades militares e civis.

  "Esta declaração é muito estranha e o mundo não deveria ignorá-la, já que no século 21, que é a era de apoio aos direitos humanos e da campanha contra o terrorismo, o líder de um país ameaça com uma guerra nuclear".

veja a reportagem completa
O GLOBO

09/04/2010

Brasil e o programa nuclear do Irã

  O programa nuclear iraniano e o discurso anti-semita de Ahmadinejad são um dos maiores problemas da política internacional. Por isso, a aproximação do Brasil com o Irã repercute no mundo todo. Mas, afinal, qual é o problema do Irã? Embora se saiba que o país não tem armas nucleares, há indícios de que as está desenvolvendo.
  Há incerteza acerca do pacifismo ou do belicismo do Irã. De um lado, o país não inicia guerras há séculos e, ao contrário de alguns países árabes, nunca empreendeu ações militares contra Israel. Autoridades iranianas garantem que seu poder bélico é exclusivamente para a defesa nacional e que sua tecnologia nuclear tem fins pacíficos.

  De outro lado, desde a Revolução de 1979, o Irã ameaça “varrer Israel do mapa”. Há indícios de que o Irã apóia a organização palestina Hamas, cujo braço armado promove atentados contra Israel. O Irã é o quarto maior exportador de petróleo, por que pretende produzir energia nuclear com tecnologia própria? Isso é preocupante.

  Iranianos argumentam que seu programa nuclear tornou-se fator de coesão e orgulho nacional para um povo que se sente vítima histórica de grandes potências. Eles também estariam reagindo à inclusão de seu país no chamado “Eixo do Mal” pelos Estados Unidos. Entretanto, o poder nuclear seria a melhor maneira de lidar com a situação? Certamente, não.

  O problema do Irã tem caráter geopolítico, moral e legal. Há nove potências nucleares no mundo, mas qualquer Estado que queira tornar-se o número dez constitui ameaça global e aumenta o risco de uma terceira grande guerra. O discurso de Ahmadinejad contra Israel é imoral, assim como o de qualquer Estado que pregue a eliminação de outro. Atitudes recentes do Irã ferem o Direito Internacional.

  Em 2002, o mundo soube que o Irã desenvolvia atividades nucleares não comunicadas à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Como Estado-parte do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), o Irã pode desenvolver a tecnologia nuclear, mas desde que tenha fins pacíficos. É ilegal impedir que a AIEA verifique instalações nucleares, pois sua função é justamente atestar a finalidade dessas tecnologias.

  O Irã tem descumprido o TNP, o que motivou o Conselho de Segurança da ONU a implementar sanções contra pessoas e empresas vinculadas ao programa nuclear do país. Teerã parece acelerar a pesquisa nuclear, enquanto a comunidade internacional não age decisivamente para impedi-lo. Atualmente, o Brasil é um dos únicos no Conselho contra sanções adicionais, mas, como não tem poder de veto, o voto brasileiro não as poderia impedir.

  O Brasil e os Estados Unidos percebem a piora da situação nuclear do Irã e não aceitam que este desenvolva armas nucleares. Obama deseja endurecer sanções da ONU, e alguns estadunidenses pensam até em fazer ataques preventivos contra instalações nucleares iranianas. Porém, o Irã não seria invadido, pois isso custaria muito mais que a invasão do Iraque de 2003.

  O Brasil insiste em negociações diplomáticas. Argumenta-se que o Irã provavelmente não cederia a sanções impostas por estrangeiros, pois estas ampliariam o apoio dos iranianos ao seu programa nuclear. O Itamaraty não aprovará soluções de força antes de confirmar que o Irã desenvolve armas de destruição em massa, para evitar o erro anglo-saxônico que precedeu a invasão do Iraque.

  O que justifica o recente interesse brasileiro pelo Irã? Os fluxos comerciais e de investimentos são ínfimos entre ambos, e essa aproximação gera conflitos entre o Brasil e seus parceiros tradicionais. Uma cooperação nuclear com o Irã dificultaria parcerias do Brasil com países mais avançados no setor. Projetos da Petrobrás no Irã já fizeram Washington pensar em restringir o acesso brasileiro ao financiamento de projetos no setor energético. Iranianos desejam utilizar bancos brasileiros para burlar as restrições bancárias impostas pelos Estados Unidos, algo que o Brasil não quer.

  Pouco a ganhar, muito a perder: aproximar-se do Irã não é o melhor a se fazer hoje em dia. É positivo que o Brasil queira evitar que acusações falsas motivem a invasão de um país, como ocorreu no Iraque. Enquanto houver chances de resolver a situação pacificamente, vale a pena insistir na negociação. Contudo, diante da recusa do Irã dar transparência ao seu programa nuclear, seria prudente recrudescer sanções da ONU.

escrito por
DIEGO TRINDADE

                                         COMENTÁRIOS

07/04/2010

China, Rússia e as sanções contra o Irã

  A mídia tem divulgado nos últimos dias que a Rússia e a China aceitaram participar de possíveis rodadas, onde sanções contra o Irã poderão ser definidas, para forçá-lo a reduzir o enriquecimento de urânio.
  Vale a pena lembrar que, rodadas de negociações ou mesmo discussões desse tipo podem durar semanas, meses e ainda terminar em um impasse.

  É importante mencionar também que China e Rússia mantêm relações comerciais com o Irã e nenhum deles tem interesse em quebrar essa relação de confiança.

  A China é o maior importador de petróleo da República Islâmica do Irã e, embora possua suas próprias reservas, o custo de exploração seria maior que o benefício e, a produção representaria menos de 7% do total necessário. Esse combustível é de uma importância crítica para a segurança chinesa. Dessa forma, em uma decisão racional, a China prefere ser o maior cliente do Irã, quando a mercadoria é o petróleo.

  Não quero parecer pessimista, mas a Rússia e China concordaram apenas em participar da discussão proposta pelo Conselho de Segurança da ONU. Se ratificarão ou não as decisões de sancionar o Irã é uma outra história. Dependerá principalmente dos tipos de sanções.

  Mas, penso que vale a pena observarmos de perto o cenário que está proposto e esperarmos os resultados.

 
escrito por
KÁTIA SOUTO                                          COMENTÁRIOS

06/04/2010

Fundamentalismo islâmico / A revolução de 1979

  A primeira grande manifestação de força do fundamentalismo islâmico nessa nova fase ocorreu em 1979, com a revolução que derrubou o xá Reza Pahlevi, no Irã. Trata-se de uma país muito especial: os iranianos tem origem persa e não árabe, falam seu próprio idioma, o farsi, e 90% da população são xiitas, ala que representa apenas 10% dos quase um milhão de mulçumanos do planeta.


  Os xiitas combatiam as duas características centrais do governo de Reza Pahlevi: a modernização econômica através da proximidade com ocidente e a repressão a qualquer sinal oposicionistas, principalmente se viesse da casbah. Ao contrario dos sunitas, os xiitas admitem a mediação de sacerdotes entre Alá-Deus-e os homens. Esses pregadores, imã, mulás e aiatolás operam clandestinamente na área por centenas de anos e constituíam uma oposição duríssima á ocidentalização promovida pelo xá.

  A revolução de 1979 unificou os fundamentalistas às correntes que lutavam pela democracia e o fim das torturas promovidas pela policia secreta do xá (a Savak). Mas, assim que tomaram o poder, os integristas-liderados pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, recém chegado do exílio na França iniciaram a aplicação da sharia, a tradicional lei islâmica. O consumo de álcool foi rigorosamente proibido, mas mulheres tiveram que utilizar de novo o chador (véu que cobre o rosto) e muitas vezes se viram obrigada a deixar seus emprego, rumo a vida de “boa esposa mulçumanas", em casa.

  O código moral islâmico (que inclui a pena de morte, o açoite para crimes graves e o corte da mão para ladrões) tornou-se a lei do país. Até o controle populacional, visto como “anti-religioso” foi eliminado. A população iraniana quase duplicou, passando de 37 milhões de pessoas em 1979 para 60 milhões, catorze anos depois.

  Aplicando o conceito de unidade islâmica sob o comando dos lideres religioso, os governantes iranianos destroçaram violentamente as forças de oposição de esquerda ou direita, mesmo aquelas que haviam participado da revolução contra o xá. Nos meses que se seguiram tomadas do poder, os Guardas da Revolução fuzilaram dezenas de milhares de dissidentes.

  Khomeini também retomou o projeto de “expansão da fé”, desenvolvido treze séculos antes de Maomé. O rico Estado petrolífero iraniano iniciou então o financiamento de milícias fundamentalistas nos países vizinhos, como o objetivo de desestabilizar governos pró-ocidentais ou leigos. No Iraque, na Síria, na Turquia, entre os palestinos e no Líbano, surgiram facções leais ao Jihad, a guerra Santa islâmica.

  Isso apavorou governos de países onde há importantes minorias xiitas, como o Iraque e a Síria, assustando também Israel e a Casa Branca, devido à perspectiva de um rastilho islâmico que empolgasse o mundo árabe.A solução, para esses países, era frear Khomeini, a qualquer custo.

Carlos Henrique
ver perfil


                                                      ESCREVA O SEU COMENTÁRIO

O fundamentalismo islâmico

  Você por certo já esbarrou com o termo fundamentalismo (ou integrismo) islâmico e já viu algum jornal ou emissora de TV rotulá-lo como “radicalismo”. Tentando enxergar as coisas com olhos, digamos menos ocidentais, vamos definir o fundamentalismo como a indentificação entre religião e política. Ou seja, a fusão de fé religiosa e programa político em uma só ação. Muito bem, está correto, você aí que lembrou da expansão árabe com Maomé como um exemplo que cabe nessa definição.No oriente Médio,todas as religiões tem seus movimentos políticos fundamentalistas: os vários partidos ortodoxos judaicos,os cristãos moronitas,etc.
 
  No caso do Islamismo, é importante lembrar que as correntes fundamentalistas serviram como guardiãs da cultura e das tradições, muitas vezes operando na clandestinidade contra regimes modernizantes. E usando métodos típicos da clandestinidade, como o terrorismo.É o que ocorreu com a Fraternidade Muçulmana egípcia, criada nos anos 20, que se opunha à ocidentalização do país e a sua integração à econômica internacional.Violentamente reprimida (Aliás,até hoje), a Fraternidade apelou com freqüência para os assassinato de dirigentes governamentais.

  A base social típica do fundamentalismo no Oriente Médio são os pequenos comerciantes das casbahs (os bairros antigos), marginalizados nas sociedades modernas e que por isso mesmo aferram-se mais à tradição.Essa base ampliou-se rumo a outras classes sociais em diversos países, especialmente a partir dos anos 70, quando os planos liberais de ajuste econômicos passaram a atirar milhares de pessoas a desemprego. No Irã, na Argélia ou na Tunísia,o fundamentalismo passou a atrair essas multidões de deserdados da economia (e da cultura) moderna.Como diz a dirigente socialista argelina Chawki Salhi,o fundamentalismo tronou-se a “a ideologia do desespero”.
 
 
Carlos Henrique
ver perfil

                                                  COMENTE SOBRE ESSE ASSUNTO

04/04/2010

Irã, se erguendo como uma potência na região

  Ao falarmos do Irã e a questão estratégica (nuclear), duas perguntas devem ser feitas, basicamente: a primeira é: por que tanta preocupação com a possibilidade desse Estado desenvolver armas nucleares, quando outros países como Índia, Rússia, Paquistão, Israel possuem energia nuclear e nem ao menos são signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas como o Irã é? E a segunda pergunta: por que o Irã desenvolveria armas nucleares, mesmo com risco de ser invadido e mesmo sofrendo sanções por parte do Conselho de segurança da ONU?

  Para respondermos à primeira pergunta é importante ressaltar algumas características peculiares da República Islâmica do Irã. O Estado tem se erguido como uma potência na região. Sua população é maior que a dos países árabes do Golfo somadas. Com a alta do preço do petróleo na década de 90 seus recursos financeiros são altos. E dada a ideologia extremista do regime de Teerã, a influência crescente do Estado pode causar conseqüências à estabilidade na região. Essa influência pode ser sentida em 2006, nos ataques do Hamas e Hizballah a Israel. Acredita-se que o Irã supra esses grupos com armas, treinamentos e encorajamento a ataques.

  Os Shiitas no Iraque apóiam o Irã e alguns são mais fieis ao Irã do que ao seu próprio país, segundo afirmou em 2006 o então presidente egípcio Mubarak.

  Então, se o Irã vier a possuir armas nucleares, teme-se que essas armas não venham a ser armas islâmicas, mas armas Shiitas. Por esses e outros motivos teme-se um Irã nuclearizado. Podemos mencionar ainda a política confrontadora do atual presidente Ahmadinejad, embora, para a maioria das teorias de relações internacionais, nenhum líder governa sozinho.

  Respondendo a segunda pergunta ... o Irã conta com o apoio de praticamente todas as camadas da sociedade para desenvolver a tecnologia nuclear. Até mesmo a maioria dos intelectuais e forças políticas opositoras, que criticam a política externa da atual administração enfatizam que o Irã tem o direito soberano de desenvolver tal tecnologia. Alguns acadêmicos afirmam que o Irã estaria se armando para manter sua segurança numa estratégia de detenção, ou seja para manter sua segurança numa região já nuclearizada (referindo-se principalmente a Israel). Seja por motivos econômicos alegados, apesar de ser muito mais barato conseguir combustível de fora do que desenvolver energia nuclear, ou pela busca de prestígio nacional por parte da liderança iraniana, ou ainda por políticas domésticas e objetivos militares, o fato é que o Irã, que está se tornando uma potência na região,  não concorda em encerrar suas atividades de enriquecimento de urânio, mesmo sob pressão por parte do Ocidente e do Conselho de Segurança da ONU.

  E na dúvida sobre a aquisição ou não de armas de destruição em massa por parte do Irã, os Estados opositores preferirão a aplicação de sanções políticas e econômicas à invasão. O motivo é que se um Irã nuclearizado não interessa a ninguém, interessa menos ainda um Irã nuclearizado reagindo a uma invasão. Alguém pode imaginar qual seriam as conseqüências? E ao se defender, a República Islâmica do Irã não estaria fora de seu direito, pois no sistema internacional os Estados sempre protegerão sua soberania, já que dela depende sua sobrevivência.



Kátia Souto
ver perfil
04/04/2010


02/04/2010

Os EUA e a China negociam sanções ao Irã




  A Casa Branca disse esperar que a comunidade internacional possa "colocar pressão" sobre o Irã no final deste semestre.

  "É um passo importante a China ter concordado em negociar seriamente com potências ocidentais para impor uma nova sanção ao Irã"

  "A participação da China na cúpula mostra que os dois países podem cooperar sobre a não-proliferação nuclear, apesar dos desentendimentos sobre outros assuntos"

  A presença de Hu Jintao, presidente chinês, foi confirmada pelo Ministério do Exterior da China. O presidente chinês vai participar da conferência na capital americana nos dias 12 e 13 deste mês, antes de seguir em um roteiro que inclui visitas ao Brasil, Venezuela e Chile.

  Os pontos de atrito entre China e os EUA incluem o fato de o presidente Barack Obama ter recebido, no mês passado, a visita do líder espiritual tibetano Dalai Lama, contra a vontade da China.

  Pequim também reagiu com irritação ao anúncio, em janeiro, de que os EUA pretendem vender armas a Taiwan, considerada pelo governo chinês uma província rebelde.

  Houve ainda reações do governo chinês a comentários da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, de que a China restringe a liberdade na internet.

  Os seis países que negociam o programa nuclear iraniano, Reino Unido, EUA, França, Alemanha, Rússia e China concordaram, na quarta-feira, em pressionar pela adoção de uma nova rodada de sanções.

  Uma nova resolução das Nações Unidas é esperada pelos EUA, para ser aprovada até o fim de abril, embora muito dependa da concordância da China.



FONTES
reuters
telegraph
reuters
csmonitor

                    NÃO ESQUEÇA DE DEIXAR O SEU COMENTÁRIO

30/03/2010

DIPLOMATA IRANIANO SEQUESTRADO FOI LIBERTADO NO PAQUISTÃO


   O diplomata iraniano Heshmatollah Attarzadeh sequestrado no paquistão em 2008 foi solto e retornou ao Irã, de acordo com a televisão estatal iraniana.

  Ele trabalhava como adido comercial no consulado iraniano no paquistão, na cidade de Peshawar, em novembro de 2008, quando foi sequestrado.

  O ministro de Inteligência, Heidar Moslehi, disse que Teerã pediu ao Paquistão que libertasse o diplomata, mas, como isso não ocorreu, o país resolveu agir sozinho. O ministro acusou as agências de inteligência de Estados Unidos e Israel de auxiliarem os sequestradores.

  De acordo com a TV estatal do Irã, o diplomata iraniano foi solto durante uma operação do serviço secreto. Porém, a fonte diplomática não quis confirmar a informação nem o local onde o funcionário foi libertado.

  A cidade de Peshawar fica próxima das regiões tribais autônomas do Paquistão, que se tornaram domínios do Taleban e da Al-Qaeda. Os militantes já realizaram vários ataques em Peshawar. Apesar disso, a cidade de dois milhões de habitantes é considerada relativamente segura para estrangeiros. Há, porém, a presença de militantes e do crime organizado.

  A operação marca o mais recente sucesso dos serviços de inteligência do Irã transmitido pela televisão. No mês passado, o Irã capturou Abdulmalik Rigi, líder de um grupo armado sunita cuja insurgência no sudeste do país desestabilizou a região da fronteira com o Paquistão.



FONTES
CNN
Voanews
BBC
Guardian

29/03/2010

Estados Unidos está confiante da aprovação de novas sanções ao Irã

Novas sanções sobre o Irã será um dos principais temas tratados pelos ministros de Assuntos Exteriores do Grupo dos 8 (G8) durante a reunião de dois dias que começa amanhã nos arredores da capital canadense, Ottawa.


O encontro é para pressionar os membros do grupo para impor sanções contra o Irã por seu programa nuclear afirmou Lawrence Cannon, ministro de Assuntos Exteriores do Canadá e anfitrião da reunião

À reunião, que será realizada no Chateau Cartier, nos arredores de Ottawa, contará com a presença de representantes diplomáticos da França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá assim como a alta representante da União Europeia para Assuntos Exteriores, Catherine Asthon

O porta-voz Andrei Nesterenko declarou que a Rússia continua empenhada em resolver o impasse com o Irã pelo diálogo.

"Se não houver progresso visível nessa direção, então não excluímos a possibilidade de colocar uma pressão adicional sobre os iranianos com a ajuda de sanções" disse ele à jornalistas em Moscou.

Rússia e China, que têm poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, habitualmente relutam em aceitar novas sanções contra o programa nuclear do Irã, conforme deseja o Ocidente. Teerã refuta as suspeitas ocidentais de que estaria tentando desenvolver armas nucleares.




FONTES
                                                                         timesonline
                                                                         ABCNews
                                                                         France24
                                                                         Reuters
                                                                         Voanews

26/03/2010

Lula ignora abusos no Irã, afirma ativista que teve noiva assassinada

A FolhaOnline publicou uma reportagem afirmando que o escritor e documentarista iraniano, Caspian Makan, que teve a sua noiva supostamente assassinada pela milícia pró-governo, Basij, manifestou a sua opinião em uma entrevista em israel quando foi questionado a respeito da viagem do presidente Lula ao Irã, marcada pra maio:

"Isso mostra que os líderes do Brasil não sabem o que está se passando no Irã, com abusos diários dos direitos humanos"

"Como é possível ignorar 30 anos de crimes contra o povo iraniano? Como é possível negociar e ter relações com um regime ditatorial como esse?"

Durante 65 dias ele foi interrogado na prisão de Evin, conhecida por confinar presos políticos, até ganhar liberdade provisória. Temendo ser novamente preso, fugiu do país, e no começo do ano recebeu asilo político no Canadá.


ATENÇÃO! AS CENAS DESTE VÍDEO SÃO FORTES!

17/03/2010

A proposta diplomática do Irã ao problema gerado pelo enriquecimento de urânio

Publicação do jornal Jawan nesta quarta-feira.

O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijane, propôs uma saída diplomática para o problema gerado pelo enriquecimento de urânio em seu país.
-Trocar 1.200 kg, de uma só vez e dentro do território iraniano, de urânio pouco enriquecido (3,5%) por conbustível nuclear-
E acrescentou que mais sanções contra os avanços do programa nuclear seriam inúteis.

É a primeiro vez que o Irã se mostra disposto a trocar, em uma única etapa, o seu urânio.

Nem todos os países concordam com novas sanções a esse país islâmico.

A china, que tem direito a veto no Conselho de Segurança da ONU, é a favor da tentativa diplomática e enfrenta pedidos cada vez mais enfáticos para não vetar uma possível proposta de resolução da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Irã é um grande fornecedor de petróleo para a China.

Para a fabricação de uma bomba nuclear é necessario o enriquecimento de urânio à 90%.

De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA):
*Até o fim de janeiro, o Irã tinha 2.065 kg de urânio pouco enriquecido
*A produção iraniana é de 100 kg por mês




fontes:
tehrantimes
voanews
nti
   


15/03/2010

Porta-voz do Irã acusa Estados Unidos de estimularem "iranofobia"

  O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou hoje os EUA de orquestrarem uma ação via imprensa mundial anti-Irã. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, disse que os ataques se baseariam nas acusações de que o país mantém um programa de fabricação de armas nucleares e bombas.

  De acordo com o porta-voz, há uma ação estimulada pelos Estados Unidos para ocorrer o que chamou de "iranofobia" --aversão ao Irã. As informações são da agência oficial de notícias iraniana (Irna na sigla em inglês). 



  Leia a reportagem completa no site da Folha.


A visita do presidente Lula à Israel